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Ilhas Virgens



By  Unknown     14:45     



Após três meses em St Maarten/ St Martin (muito além do que imaginávamos) fomos buscar novos ares. O Capitão e a Cris chegaram à bordo, mas em compensação o Tom optou por voltar ao Brasil e retomar seus projetos profissionais. Boa sorte Jão !!! Obrigado por tudo marinheiro!

Partimos do Lagoon mesmo sem termos resolvido alguns problemas que gostaríamos de sanar, como a inspeção, limpeza e melhorias no sistema dos tanques de combustível, algo que desde a compra do Bonanza está pendente, e devido ao alto custo de colocar o barco no seco, deixaremos para buscar a solução em Trinidad (aparentemente tudo é mais barato lá ... será mesmo?).

À propósito, somos nós quem fazemos a maior parte das manutenções e das melhorias no barco.

Enquanto houver barco haverá trabalho ... graxa, wd40, óleo, stress, aprendizado e diversão.

 


Recentemente, um problema a menos à bordo é com o tema "energia". 
Encontramos uma solução simples. Desligamos nossa geladeira em definitivo (principal responsável pelo consumo)! Agora a cerveja é quente! O lado positivo é que não é mais necessário ligar o motor todos os dias para carregar o banco de baterias. Economizamos com combustível e com a vida útil das peças. O ideal talvez seria um gerador, mas a grana nos falta ... precisamos nos adaptar às circunstâncias e ao ambiente. 

 


Enfim ... Levantamos âncora e velejamos até St Thomas (Ilhas Virgens Americanas) com vento de popa, num ângulo ideal para experimentarmos a armação das velas na configuração "asa de pombo". Apanhamos bastante para montar e principalmente para desmontar o pau de spinaker. Quando se aprende algo novo está sujeito à dificuldades, especialmente quando se tem pouca experiência na atividade. Mas a persistência e a determinação da tripulação, inspiradas pela força e fé do capitão, têm se mostrado pontos chave para continuarmos com a viagem.



O propósito principal desta "pernada"era registrar o Bonanza nas Ilhas Virgens Americanas, e o fizemos numa segunda-feira em pouco mais de uma hora no escritório do Departament of Planning and Natural Resources que fica dentro do aeroporto em St Thomas, pagamos U$ 66,00 com validade até final de junho, a renovação (anual, no valor de U$150,00) pode ser feita via ordem de pagamento para o governo local. Organização e pré-julgamento de que a pessoa está falando a verdade eliminam algumas dúzias de etapas burocráticas e tornam o processo menos custoso. Fomos muito bem atendidos e orientados. Confesso que só acreditei depois que a documentação chegou! A nova Bandeira foi içada e o Bonanza mudou de nacionalidade.




Aproveitamos para conhecer o centro histórico de Charlotte Amalie, um contraste de tempos, lojas de grife e dezenas de joalheiras instaladas em construções muito bem conservadas do século XVIII. Quem diria, um lugar que já foi refúgio de piratas, e depois um agitado centro de comércio de açúcar agora vive quase que exclusivamente do turismo de cruzeiros. Durante o tempo que ficamos por lá ao menos dois ou três mega navios chegavam e saíam todos os dias.









De lá tocamos para St John, assim como St Thomas esta ilha faz parte das Ilhas Virgens Americanas, porém totalmente diferente. Dois terços dela é parque nacional, e a natureza é presente em cada canto.
Lá nos banhamos em praias lindas. Há bons lugares para mergulho e muitas trilhas, inclusive uma que cruza a ilha de norte a sul (infelizmente não fizemos nenhuma). Conhecemos Cruz Bay, Caneel Bay, Hawknest Bay e Maho Bay.

 

 


Rumamos em seguida para Jost Van Dyke, uma ilha com menos de 200 habitantes, onde demos entrada nas Ilhas Virgens Britânicas, a pouca receptividade dos oficiais de Great Harbour não nos abalou, pois momentos antes havíamos sido contemplados com a visita de um simpático e curioso golfinho. O final de tarde não teve chá britânico, mas sim cerveja gelaaaaaada num digno boteco frente mar. A caminhada até o topo do morro valeu o esforço também, obrigado paizão pela companhia! 

 


No dia seguinte foi a vez de passarmos por Sandy Cay, uma ilha realmente linda. A ancoragem não é fácil, e a chegada de dinghy na praia merece cuidado, mas vale à pena. A patroa e Eu encaramos uma trilha, enquanto a Cris e o capitão curtiram a praia. Foi assim que aproveitamos nossa uma hora e meia de permanência na ilha (tempo máximo para visitação por barco). Que lugar! Mas como já dizia vó Flora, todo paraíso tem seu preço ... nunca mais esqueceremos de passar repelente, como tem pernilongo e formiga nesse lugar, a Cristiane (pra variar) foi a vítima da vez!! A visita durou uma manhã e à tarde já ancorávamos em Cane Garden Bay. Uma praia diferente das que conhecemos até então, durante a manhã bem movimentada, e deserta o resto do dia. À noite dormíamos ao som do original reggae caribenho tocado ao vivo nos bares, pois ancoramos à poucos metros da praia. Foi nesse lugar que compramos nosso stand up paddle inflável e infelizmente onde nosso dingue entrou por debaixo de uma dingue dock, arrebentando com o motor ... pois é, nem tudo é good vibrations e Jah Bless!!!

Um pouco de como é Sandy Cay:




 

 

 





O destino seguinte foi Peter Island.
Até agora um dos lugares que mais gostamos.





 

 




Depois de 2 dias em Peter Island, voltamos para Tortola para abastecermos o barco de alimentos em Road Habour, e poucas horas depois estávamos em Trellis Bay para uma parada estratégica. Com muita expectativa já pensávamos em chegar logo em Virgin Gorda, pois amigos do veleiro Rapa Nnu falaram muito bem de lá. Assim sendo, passamos apenas uma noite em Trellis Bay e seguimos viagem para The Baths em Virgin Gorda.

Uma paisagem bem exótica, rochas gigantes se mostram fora e dentro d'água, de fato um lugar lindo, porém muito turístico. No final da tarde mudamos nossa ancoragem para a vizinha Valley Trunk Bay, ótima decisão. Mais um "lugarzinho" daqueles que ficarão na memória. Lá fizemos um snorkeling de horas e ficamos impressionados com a formação e a quantidade de rochas e cavernas. A vida marinha por lá se faz presente e se mostra sem muitas cerimônias. Tartarugas, arraias e peixes convivem em harmonia num hábitat praticamente intocável. Ficamos por lá dois dias e nossa vontade era continuar subindo e passar muitos outros dias lindos em Virgin Gorda, mas decidimos descer para Saba pois a previsão do tempo nos indicava o tão aguardando vento de Nordeste, favorecendo nossa viagem. Uma nova janela assim poderia demorar dias ou semanas talvez.
Com essa sensação de "quero mais" deixamos as Ilhas Virgens Britânicas, até então o ápice da viagem em termos de beleza, ficando o desejo de retornar algum dia para passar mais tempo.





Nos despedimos com o sol do meio dia brilhando forte, agora seria a vez de Saba, uma ilha que desde o início da viagem estava muito empolgado para conhecer, uma das mais exóticas do Caribe, tanto pela natureza quanto pela história, relativamente pequena, altíssima e com uma geografia e topografia bem peculiares. Vamos lá, que venha Saba!!!



Pedro Luis Takeuti e tripulação Bonanza

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Um comentário:

  1. Adoro o relato de voces, espero ansioso por novas postagens!
    Começo meu aprendizado em março deste ano, quando termino o curso de capitão e faço a prova... doido para ir ao mar!!!
    bons ventos e ótimas ancoragens!

    ResponderExcluir


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